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29/04/2023

Vocação, resposta de amor a partir do coração!

"O Documento de Aparecida (DAp n. 443) lembra que os jovens são sensíveis a descobrir sua vocação, a ser amigos e discípulos de Cristo. São chamados a ser 'sentinelas do amanhã', comprometendo-se na renovação do mundo à luz do Plano de Deus"

Foto de capa
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Estimados irmãos e irmãs em Cristo Jesus! No 4º Domingo da Páscoa, a Igreja convida seus filhos e filhas a participarem do Dia Mundial de Orações pelas Vocações. Tendo presente que a vocação, dom de Deus, quando acolhida no coração como missão, dá um novo sentido à nossa vida.  

O 3º Ano Vocacional do Brasil, que estamos celebrando, tem como tema “Vocação: Graça e Missão”, e o lema “Corações ardentes, pés a caminho” (cf Lc 24,32-33). Como Igreja, comunidade de fé, nos colocamos diante do Senhor em oração, para que o seu chamado chegue até os corações dos jovens, e não tenham medo de dizer sim ao chamado de Deus, respondendo à vocação que palpita forte no coração.

Mas o trabalho vocacional, tão importante para a vida da Igreja, Povo de Deus, precisa também ser incentivado dentro da família. É um tempo em que devemos nos empenhar para despertar e incentivar uma nova cultura vocacional, que valorize o dom vocação em todas as suas dimensões. É um tempo em que precisamos aprender a olhar o mundo, com o coração aberto, para compreendermos as angústias, os medos e as inquietações dos jovens, mas também as fragilidades espirituais, que tocam o coração do povo de Deus, que está a caminho da casa do Pai.

Na dimensão da resposta ao chamado vocacional, muitas vezes, a primeira e maior resistência que o vocacionado ou a vocacionada precisa superar, na realidade de hoje, pode vir da própria família. Porque, em parte, a família assume o que é corrente na sociedade, onde é muito importante a profissão, as coisas materiais, e, de certa forma, pouco se valoriza a vocação, chamado de Deus e resposta do coração.

O Documento de Aparecida (DAp n. 443) lembra que os jovens são sensíveis a descobrir sua vocação, a ser amigos e discípulos de Cristo. São chamados a ser “sentinelas do amanhã”, comprometendo-se na renovação do mundo à luz do Plano de Deus. Por isso, “não temem o sacrifício nem a entrega da própria vida, mas sim uma vida sem sentido”. Eles “tem a capacidade para se opor às falsas ilusões de felicidade e aos paraísos enganosos das drogas, do prazer e de todas as formas de violência”.

Mesmo diante de um contexto onde a vida, muitas vezes, é marginalizada e pouco valorizada, eles são capazes de discernir e descobrir o chamado particular que o Senhor Jesus lhes faz. Não temem o chamado para serem discípulos e missionários, não temem fazer renúncias pela causa do Reino. Mas temem perder a vida na cultura da indiferença e da exclusão, que fecham as portas para a educação, a solidariedade e as oportunidades que dão dignidade à vida.

 

+ Dom José Gislon, OFMCap.
Bispo Diocesano de Caxias do Sul

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