Testemunho da experiência missionária do seminarista Stefano Fagundes Petroli
"A sensação que senti várias vezes foi de ser um dos discípulos enviados pelo Senhor! E de alguma forma o que Jesus dizia no Evangelho sobre a missão e sobre o pastoreio que os discípulos exerceriam, de fato acontecia conosco", escreve Stefano
Entre os dias 05 e 21 de janeiro de 2024, o seminarista Stefano Fagundes Petroli realizou sua experiência missionária ad gentes durante a XVI Experiência Missionária para Seminaristas, na Paróquia São Paulo Apóstolo, em Jacamin, na Arquidiocese de Santarém, estado do Pará. Natural de Bento Gonçalves, ele está na etapa da Configuração, também chamada de Teologia, da Diocese de Caxias do Sul, residindo no Seminário Maior São João Batista, em Viamão, e realiza seus estudos na Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUCRS), em Porto Alegre.
Está no itinerário formativo de seminaristas da Diocese de Caxias do Sul, que em algum momento nos estudos da Teologia, o seminarista possa realizar uma experiência missionária ad gentes, isto é, fora da Diocese. São priorizadas realidades onde a Igreja esteja em processo de implantação e se precise de pessoas que possam anunciar o Evangelho naquele lugar e fazer com que mais pessoas possam aderir a fé católica e participar das comunidades-Igreja.
Confira o testemunho da experiência missionária de Stefano
A experiência missionária foi, entre diversas coisas, uma experiência de viver o Evangelho! A sensação que senti várias vezes foi de ser um dos discípulos enviados pelo Senhor! E de alguma forma o que Jesus dizia no Evangelho sobre a missão e sobre o pastoreio que os discípulos exerceriam, de fato acontecia conosco.
Ir para um outro lugar do Brasil, sem dúvida, é um aprendizado, assim como estar pessoas muito simples nos trouxe aprendizados. Todo missionário sempre aprende muito aonde vai. Mas a essência de toda missão é e não pode deixar de ser levar o Evangelho nos lugares onde ele ainda não chegou ou ao menos não chegou plenamente. E em Santarém, houve oportunidade para isso: para ser missionário como os primeiros discípulos o foram.
Como disse já a muitas pessoas, por ser um lugar diferente, nós missionários tivemos que nos desapegar de nossa própria cultura, de nossos costumes, de nossa forma natural de fazer as coisas; quando se chega, a vontade é de ir embora. Mas quando se vai embora, a vontade é de ficar. Pois, passado um tempo lá na missão, aprendemos que todas essas coisas externas na verdade não importam e não interessam. A única coisa que realmente importa é viver o Evangelho e amar Nosso Senhor; tudo mais não importa. Por isso, é triste vir embora e deixar tantas pessoas com que fizemos amizade, e que de alguma forma reconheceram em nós missionários os seus pastores; é triste deixar tantas comunidades que nos acolheram tão bem que nos fizeram sentir em casa durante aqueles dias. Mas como disse Jesus, é necessário às vezes sair de onde se está pregando o Evangelho para “ir a outros lugares, para que lá também se anuncie” [o Reino de Deus] (Mc 1,37).
Retorno com saudades das pessoas com quem encontrei, mas louvando e bendizendo a Deus por tudo o que ocorreu, por ver seu Reino chegando, por ser seu instrumento na realização de sua obra neste mundo, e na alegria da certeza da presença de Cristo, Ele que vai à frente de todo missionário, e este que por sua vez tem a missão de segui-Lo para onde Ele for!
Stefano Fagundes Petroli