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14/10/2022

“Sereis minhas testemunhas” (Atos 1,8)

A chamada de todos os cristãos a testemunhar Cristo é a releitura aprofundada e atual dos aspectos da missão confiada por Cristo aos discípulos: «Sereis minhas testemunhas». Padre Ricardo Fontana - reitor.

Foto de capa
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Chegamos ao mês de outubro, mês das missões. E o ano de 2022, considerado o ano Jubilar Missionário, apresenta o tema: “A Igreja é missão” e o lema: “Sereis minhas testemunhas” (At 1,8).

Conforme a mensagem do Papa Francisco, para o Dia Mundial das Missões: vamos falar sobre os três alicerces da vida e da missão dos discípulos: «Sereis minhas testemunhas», «até aos confins do mundo» e «recebereis a força do Espírito Santo».

1. A chamada de todos os cristãos a testemunhar Cristo é a releitura aprofundada e atual dos aspectos da missão confiada por Cristo aos discípulos: «Sereis minhas testemunhas». A forma plural destaca o caráter comunitário-eclesial da chamada missionária dos discípulos. Todo o batizado é chamado à missão na Igreja: assim a missão realiza-se em comunhão com a comunidade eclesial e não por iniciativa própria. Em segundo lugar, é pedido aos discípulos para construírem a sua vida pessoal em chave de missão: são enviados por Jesus ao mundo não só para fazer a missão, mas para viver a missão que lhes foi confiada; não só para dar testemunho, mas para ser testemunhas de Cristo. Papa Francisco pede a todos a retomarem a coragem, a ousadia, aquela paresia dos primeiros cristãos, para testemunhar Cristo, com palavras e obras, em todos os dias da vida.  2. «Até aos confins do mundo».  Os Atos dos Apóstolos contam-nos este movimento missionário, dá-nos uma imagem da Igreja «em saída» para cumprir a vocação de testemunhar Cristo Senhor, orientada pela Providência divina através das circunstâncias reais da vida. Com efeito, os primeiros cristãos foram perseguidos em Jerusalém, dispersando-se pela Judeia e a Samaria, testemunhando Cristo por toda a parte (cf. At 8, 1.4).  A indicação «até aos confins do mundo» deverá interpelar os discípulos de Jesus de cada tempo, impelindo-os sempre a ir mais além dos lugares habituais para levar o testemunho d’Ele. Hoje, apesar dos avanços de tecnologia e recursos, há regiões aonde não chegaram os missionários testemunhas de Cristo com a Boa Nova do seu amor. Mas, não existe qualquer realidade humana que seja alheia à atenção dos discípulos de Cristo, na sua missão. 3. «Recebereis a força do Espírito Santo – Deixar-se sempre fortalecer e guiar pelo Espírito. Ao anunciar aos discípulos a missão de serem suas testemunhas, Cristo ressuscitado promete a graça para uma responsabilidade: «Recebereis a força do Espírito Santo e sereis minhas testemunhas» (At 1, 8). Conforme a narração dos Atos, foi a seguir à descida do Espírito Santo sobre os discípulos de Jesus que teve lugar a primeira ação de testemunhar Cristo, morto e ressuscitado, com um anúncio querigmático: o chamado discurso missionário de São Pedro aos habitantes de Jerusalém. Assim começa a era da evangelização do mundo por parte dos discípulos de Jesus, que antes apareciam fracos, medrosos, fechados. O Espírito Santo fortaleceu-os, dando coragem e sabedoria para testemunhar Cristo. E foi assim que a jovem francesa, Pauline Jaricot, há 200 anos fundou a Associação para a Propagação da Fé; celebra-se a sua beatificação neste ano jubilar. Em condições simples, ela acolheu a inspiração de Deus para pôr em movimento uma rede de oração e coleta para os missionários, de modo que os fiéis pudessem participar ativamente na missão, originando o Dia Mundial das Missões, quando acontece a coleta em todas as comunidades que se destina ao Fundo universal com que o Papa sustenta a atividade missionária.  O Papa sonha com a Igreja Missionária, sendo todos através do Batismo: profetas, testemunhas e missionários do Senhor!

 

Padre Ricardo Fontana - reitor.

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