santuário de n. sra. de caravaggio

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09/12/2022

O Presépio

Venha rezar e interagir com o presépio no Santuário de Caravaggio

Foto de capa
Foto de capa

Advento significa, o tempo de esperar Aquele que há de vir.  Advento é tempo de interiorização, de espera, de preparar para a chegada do Menino Jesus, que nasce na manjedoura do coração dos homens de boa vontade.  Uma das atividades que se destaca para a preparação do Natal é a montagem do presépio.  O Papa Francisco em sua carta apostólica: Admirabile Signum (Admirável Sinal), conta a origem do Presépio de Natal e o significado que ele tem para a família Cristã. Para o Papa Francisco o Presépio, é um sinal admirável e amado pelo povo cristão.  Representar o acontecimento da natividade de Jesus equivale a anunciar, com simplicidade e alegria, o mistério da encarnação do Filho de Deus.

O Presépio é um Evangelho vivo da Sagrada Escritura. Ao mesmo tempo que contemplamos a representação do Natal, somos convidados a colocar-nos espiritualmente a caminho, atraídos pela humildade d’Aquele que se fez homem a fim de se encontrar com todo o homem, e a descobrir que nos ama tanto, que se uniu a nós para podermos, também nós, unir-nos a Ele. A origem do Presépio fica-se a dever a alguns sobre o nascimento de Jesus em Belém, referidos no Evangelho. O evangelista Lucas limita-se a dizer que, tendo-se completado os dias de Maria dar à luz, «teve o seu filho primogênito, que envolveu em panos e recostou numa manjedoura, por não haver lugar para eles na hospedaria» (2,7). Jesus é colocado numa manjedoura, que, em latim, se diz praesepium, donde vem a nossa palavra presépio. Ao entrar neste mundo, o Filho de Deus encontra lugar onde os animais vão comer. A palha é a primeira visão para Aquele que Se há de revelar como «o pão vivo, o que desceu do céu» (Jo 6,51). Uma simbologia, que já Santo Agostinho, a par doutros Padres da Igreja, tinha entrevisto quando escreveu: «Deitado numa manjedoura, torna-Se nosso alimento».  Na realidade, o Presépio inclui vários mistérios da vida de Jesus, fazendo-os aparecer familiares à nossa vida diária.

A origem dos presépios se deu em 1223, através de uma pregação feita por São Francisco de Assis, onde ele criou uma forma teatral para mostrar às pessoas como teria acontecido o nascimento de Jesus. Com autorização do papa da época, construiu um cenário vivo, impressionando a todos que viam a cena. O coração do Presépio começa a palpitar, quando colocamos lá, no Natal, a figura do Menino Jesus.  O nascimento de uma criança traz alegria e encanto, porque nos coloca perante o grande mistério da vida. Quando vemos brilhar os olhos dos jovens esposos diante do seu filho recém-nascido, compreendemos os sentimentos de Maria e José que, olhando o Menino Jesus, entreviam a presença de Deus na sua vida. Quando se aproxima a festa da Epifania, colocam-se no Presépio as três figuras dos Reis Magos. Tendo observado a estrela, aqueles sábios e ricos senhores do Oriente puseram-se a caminho rumo a Belém para conhecer Jesus e oferecer-Lhe de presente ouro, incenso e mirra. Ao fixarmos esta cena no Presépio, somos chamados a refletir sobre a responsabilidade que cada cristão tem de ser evangelizador, torna-se portador da Boa-Nova. Com certeza, quando regressaram ao seu país, anunciaram o encontro surpreendente com o Messias, inaugurando a viagem do Evangelho entre os gentios. Segundo o Papa Francisco, o Presépio faz parte do processo de transmissão da fé.

A partir da infância e, depois, em cada idade da vida, educa-nos para contemplar Jesus, sentir o amor de Deus por nós, sentir e acreditar que Deus está conosco e nós estamos com Ele, todos filhos e irmãos graças àquele Menino Filho de Deus e da Virgem Maria. Faça seu presépio, pode ser simplesmente uma manjedoura com um pouco de palha. Ou faça do seu coração uma manjedoura para dizer: estou esperando Aquele que há de vir! Vem Senhor Jesus, o mundo precisa de ti!

Padre Ricardo Fontana, reitor do Santuário de Caravaggio.

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