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15/10/2022

O meu compromisso missionário

"Como cristãos, não devemos ter vergonha de dar testemunho da nossa fé em Jesus Cristo. Se assim o fizermos, estaremos nos envergonhando do próprio Cristo, que na cruz derramou seu sangue e entregou a vida por amor a cada um de nós"

Foto de capa
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Estimados irmãos e irmãs em Cristo Jesus! O Mês Missionário e do Rosário nos convida a refletir sobre a nossa missão de batizados e cristãos no mundo e na sociedade em que vivemos. O mandamento de Cristo dado aos apóstolos: “Ide pelo mundo inteiro e anunciai a Boa Nova a toda criatura!”(Mc 16,15) não perdeu seu sentido ao longo da história. É um mandamento que deveria interrogar cada batizado sobre a sua contribuição e sua participação no anúncio da Boa Nova da salvação a todos os povos.

Existem tantas maneiras de sermos missionários do Senhor. Como batizados, podemos anunciar o Evangelho através do testemunho de vida, com palavras e obras a partir da realidade em que vivemos. Podemos ser missionários como consagrados ou consagradas, mas também como sacerdotes diocesanos ou leigos, assumindo a nossa missão junto ao povo de Deus, na família, nas comunidades e na sociedade. Pela graça do batismo que recebemos, temos um compromisso missionário com o Senhor Jesus e o Reino de Deus, do qual ninguém está dispensado, de testemunhar com fé e esperança, na oração e nas obras de caridade, o rosto da misericórdia do Pai.

Como missionários do Senhor, devemos dizer aos homens e mulheres de hoje, e continuar a repeti-lo, que “a chave, o centro e o fim da história humana” encontram-se em Cristo, nosso Senhor e Mestre (Gaudium et Spes, 10). Devemos dizer-lhes que isso é verdadeiro não só para os que creem, mas aplica-se a todos os homens, pelos quais Cristo morreu e cuja vocação última é corresponder ao plano de Deus de “recapitular tudo em Cristo, tudo o que existe no céu e na terra” (Ef 1,10).

Como cristãos, não devemos ter vergonha de dar testemunho da nossa fé em Jesus Cristo. Se assim o fizermos, estaremos nos envergonhando do próprio Cristo, que na cruz derramou seu sangue e entregou a vida por amor a cada um de nós. Neste terceiro milênio, os cristãos são chamados a serem sal da terra e luz do mundo, na Igreja e na sociedade, através de uma participação mais ativa e comprometida com o Evangelho, anunciando através do testemunho de vida os ensinamentos de Jesus. Esses dão sentido ao nosso existir e são sinais de esperança para uma sociedade carente de ética, de valores espirituais e morais.

O Papa Francisco tem reiterado o convite para sermos uma Igreja em saída, ou seja, uma Igreja missionária. A missão de anunciar o Reino de Deus e a sua justiça está ainda muito associada aos missionários e missionárias que partiam para outros lugares, para fazer o primeiro anúncio do Evangelho. A Igreja será sempre grata a tantos homens e mulheres que abraçaram a causa do Reino e por ela entregaram e continuam entregando a vida. Mas a Igreja não pode viver a missão que lhe foi confiada pelo Senhor Jesus, se deixar de ser missionária, na família e nas comunidades.

Precisamos nos educar e reeducar para a missão. Quando entendermos que cada um de nós é chamado pelo Senhor Jesus para ser seu missionário ou missionária, não teremos mais medo, nem vergonha de anunciar Jesus para a nossa família, na comunidade onde participamos e no local onde trabalhamos. “Conhecer Jesus é o melhor presente que qualquer pessoa pode receber; tê-lo encontrado foi o melhor que ocorreu em nossas vidas, e fazê-lo conhecido com nossa palavra e obras é nossa alegria” (DAp 29). Quando os valores do Evangelho fazem parte da minha vida, então assumo o compromisso de ser missionário e contribuir com as missões, não como um peso, mas como parte do meu compromisso com a minha fé e com o Senhor Jesus.

 

+ Dom José Gislon, OFMCap.
Bispo Diocesano de Caxias do Sul

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