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30/01/2022

A criação de um monumento com o nome de Cruz da Compaixão

‘Cruz da Compaixão’ um espaço que propicia o silêncio e a prece ”

Foto de capa
Foto de capa


 Trata-se de uma cruz de concreto que mede cerca de oito metros de altura, posicionada aos fundos do Santuário. No centro da cruz está um coração vazado. Com a instalação do monumento, o espaço, que já oferecia a sensação de acolhimento e paz, passa a instigar a reflexão do fiel: o crucifixo representa a caminhada do cristão. 

“Viemos do pó e, à medida que evoluímos como seres cristãos, vamos galgando a escada de Jacó rumo aos céus e assim crescendo espiritualmente. Isso está representado na forma como o crucifixo se amplia, o qual também representa a Cristo e seu amor por todos nós que está em forma de coração”, explica o artista responsável pela escultura, o arquiteto e artista sacro Cristtiano Fabris. 

De acordo com o reitor do Santuário, padre Gilnei Fronza, o monumento consiste em um círculo com três degraus, três bancos, três pedras de 6 toneladas cada pedra e a cruz.  Aos fundos do Santuário, ele está em uma pequena elevada que lembra o Monte Calvário, lugar da crucificação. Alguns outros elementos são carregados de simbologia: o círculo representa o mundo e a cruz está ao centro: Jesus se faz presente no mundo e, claro, no centro da história. 

Ele explica ainda que as três rochas situadas na base representam o Santo Sepulcro, lugar de sepultamento de Jesus. “O fato da cruz emergir do meio delas representa a ressurreição”, explica o padre.  “A ressurreição é representada pela cruz e o ressuscitado é o mesmo crucificado”, completa. Ao centro da cruz, o coração vazado lembra que o Ressuscitado está no amor, na misericórdia e na compaixão. Onde reina o amor, fraterno amor, Deus ali está. 

É também um monumento que presta homenagem e solidariedade às vítimas da Covid-19 e suas famílias que passam pelo difícil momento de luto e dor, na esperança de dias melhores. “Gostaríamos de fazer do entorno do Santuário um lugar de oração, reflexão e significado. Também se chama ‘Cruz da Compaixão’ para servir como uma espécie de memorial aos mortos pela Covid, em um espaço que propicia o silêncio e a prece por eles”, explica.  

O padre lembra que Jesus não salvou a humanidade por causa do muito sofrimento, mas sim porque amou muito a todos nós. “No amor do crucificado, a dor ganha um sentido não só de aniquilamento, mas de redenção. O sofrimento pelo sofrimento é desumano e não vem de Deus. Viver a nossa cruz de cada dia e se fazer solidário com a cruz dos outros é praticar a ressurreição”, pontua. “A experiência da cruz nos tira da passividade e da indiferença e nos dá força para perseverar”, completa, citando Mt14,27: ‘Não tenhais medo!’. "No dia do juízo, não seremos julgados por nossas ideias, mas pela compaixão que tivemos”, já lembrou o Papa Francisco.

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